10 julho 2012

Cheguei...


Eu quero estar sempre de partida,
mesmo quando daqui não saio,
porque chegar é a minha condição…
Perdi a conta às voltas da vida,
tudo parece sempre um ensaio
e, quiça, uma simples audição…

Entradas e saídas de cena,
no seu conjunto, fazem o drama,
ao qual estou grato por pertencer.
Que importa sentir pena
por não ser filho da fama,
por ver a verdade a perder?

Eis-me chegado ao intervalo,
com um tempo já marcado,
mas sem um fim à vista…
Não quero esporar o cavalo,
que sente e foi ensinado
a sofrer em cada volta na pista…

3 comentários:

Eli disse...

Está-te no sangue, não é?!

E eu que... estou sempre de partida, mesmo, efetivamente...

Nivea disse...

Olá...!

Um poema que vai além da tentativa de descobrir o que o escritor resolveu registrar.
O encantamento não está no que se vê, mas no que se imagina.

Pra você...
"Eu sou o mar infinito, e todos os mundos não passam de grãos de areia sobre as minhas margens."
(Khalil Gibran)

Une belle et heureuse Nuit.
N.N

Daniel Aladiah disse...

Querida Nívea

Precisamente... a poesia, em particular, é o palco de todas as interpretações :) Porventura, imagino eu, que para ti não será difícil ficar um pouco mais perto da verdade, olhando ao infinito que sabes também ser...
Beijo