21 outubro 2005

2005















O ano escolhido aproxima-se do fim.
Muita coisa mudou, nem sempre o esperado,
continuando o movimento sem direcção…
A nuvem foi nada, a tempestade foi sim.
As asas ao vento, o corpo amarrado,
deixando-me mais insatisfação…

Se dúvidas tivera, com mais eu ficara,
numa procura eterna que desse um sentido
a uma vida efémera de luta constante…
E o estar e o ter, que o ser encara,
são tudo o que evita que fique perdido
pelo fogo ilusório, brilho diamante…

E o amor continua, o amor acontece,
em versão inédita e desmedida,
ocupando-me todo o pensamento…
Não vale não querer, ele permanece,
levando a distância de vencida,
ardendo no peito a cada momento…

12 comentários:

Anónimo disse...

Via os natais correrem e enterrou-se no medo de a vida lhe estar a fugir por entre os dedos. A cada natal começou a renovar o medo. Não escolhera metas, apenas as adiava... este ano não, fica para depois... só mais um ano. Mas os dias continuavam iguais e a vontade inutilizava-se a si mesma.
O Amor tornou-se vazio. Tornara-se um mito e aceitou-o sem demasiadas interrogações. seria mais uma desculpa para adiar as metas que não tinha.
Ele veio do nada, de noite - numa daquelas noites aparentemente sem significado, aparentemente sem data - e perguntou-lhe, "ainda acreditas no Amor?"
Reensinou-a a amar...

Anónimo disse...

Não, de nada "vale não querer", vale é sorver cada minuto como se fosse o único e o último.

Que bom haver ainda poemas de amor!

Beijo.

:)

Anónimo disse...

O teu poema fez-me sorrir...hoje estou sem palavras...mas o poema é tão lindo que as palavras não o tocariam...
Hoje...com o cheiro das castanhas embrulhei os sentires de um fim de tarde e revi um ano,fechei o casaco e soube-me bem passear pelo Chiado com o vento e a chuva miudinha ...transbordei de sentir...amor...surpreende-me em lugares assim,por dentro,ocupando-me o pensamento,por onde eu ando.
um beijinho grande
ana

Anónimo disse...

arde-me ao lê-lo,
a musíca continua a tocar,
vc reascendeu o amor novamente,
só não entendo o pq não me acha.
pq vc não me acha?

As chamas são de rosas ao vento e
que se perde a todo momento,
A chama quente e ao mesmo sombria por não estarmos mais juntos,

A música pede para acreditar, mas vc foge eternizando a saudade.

Sinto seu amor aqui perto,
sinto sua presença, seu perfuma me embreaga
numa doce chama ao luar.

A nossa versão do amor nos uni, nos viciando a algo inádito.

Simplesmente o vejo quase nú despido em um quadro...

Su disse...

como sempre gosto de ler-te
e da musica...amei

jocas maradas cheias de bem querer

Raquel Vasconcelos disse...

O ano ainda não terminou. Há milhões de segundos e batidas de coração por sentir...
Há um imenso ruído que nos tenta distraír. Afastando-nos para o vazio. Como quando estamos num hipermercado e já não aguentamos mais e queremos que tudo acabe depressa. O ano esse... está lá fora... e ainda não terminou.

Um Beijo

Nina disse...

Este poema diz-me mto...

" Se duvidas tivera, com mais eu ficara,
numa procura eterna que desse um sentido
a uma vida efémera de luta constante..."

Adoro música :)

Beijinho e BOM FDS :)

isa xana disse...

mesmo bonito, daniel.

beijo

Cristina disse...

Querido Daniel,
"E o amor continua, o amor acontece, em versão inédita e desmedida, ocupando-me todo o PENSAMENTO...Não vale não querer, ele permanece, levando a distância de vencida, ardendo no peito a cada momento"
Muito verdade Daniel, lindo texto adorei
:)
beijinhuuu amigo
P.s.
Adoro esta música

Anónimo disse...

Olá!
Tudo muda,mas nunca sabemos se para melhor ou para pior mas tudo muda...As estações mudam,os animais crescem e nós apenas vivemos de momentos sem saber quando tudo acaba,nem o amor sabemos se vai ser para sempre...
beijinhos
fatima-29anos

Leonor disse...

nao comento o poema. se o fizesse seria repetir-me. falo de outra coisa. tu inventas. mudas. assim...começas. apagas. começas de novo.

rssssssssssssssssssssssss
viva a diferença,

qual constancia qual carapuça...

abraço da leonor

Vanda disse...

Não basta mesmo não querer.