Ninguém me viu.
Sim, como quem vê…
Fui um fantasma do S. João.
Senti o que ela não sentiu,
melhor do que na TV,
e sorri, chorando o coração.
Os afetos das marteladas,
os bailes, a música, o fogo,
as memórias adolescentes.
Revi as minhas calçadas,
Em que o velho se fez novo
e as caras já são
diferentes.
Mão sem mão porque ausente:
outros amores, as mesmas dores
e o olhar na noite perdido ....
Esqueço o que é ser carente,
viver na multidão os horrores
de estar só e não ser querido…
Sem comentários:
Enviar um comentário