03 setembro 2012

Sem abrigo emocional


Deixei-as à solta, as emoções…
Vadias, escaparam da racionalidade,
e sempre voltam cheias de dores…
Porque fogem aqueles corações
quando lhes surge, selvagem, a verdade,
e não percebem os meus humores?

Sinto na face espetadas
as unhas do demo rindo,
escarnecendo da bondade
das relações falhadas,
continuamente ferindo,
matando sem piedade…

Já se anunciou a morte do poeta,
a volta ao homem da sua frieza,
que do amor ficou sem abrigo…
Perdido o rumo, o alvo e a seta,
descendo o calabouço da incerteza
e nunca deixando de ser o amigo…

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