21 setembro 2015

Histórias do Anoitecer XXVIII


Há pássaros que partem… ninhos abandonados… e o choro do céu que não pára.
Há sonhos que acontecem, outros que mirram, e ainda nada acontece.
No meio de uma aguardente salpicam prazeres inconfessáveis, de um mundo que renasce a cada dia, com o propósito de serem o chão que não existe.
Num sufoco de afetos sem abraço, resguardo as flores de um tempo em que o entusiasmo me levava para fora da realidade. O meu muro quase nunca cedeu. E digo quase nunca porque as brechas sempre aconteceram, mas fora de tempo.
Sei que fui protegido de intempéries sem fim, mas ainda assim tenho saudade. Há janelas que se fecham para sempre e, por mais portas que se abram, sempre se suspira pela janela que se fechou.
Ser amigo não chega, mais das vezes. E quando ser amante não é opção, então parece que nada mais há na relação com o outro. Há pessoas para cada função? Não o vejo assim.
Voltei à casa em ruínas do meu coração…

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