Sou simples e aprecio coisas simples. Podem ser consideradas
sofisticadas, mas, para mim, a beleza superior está na simplicidade. Não tenho
a atração do “bandido” ou do manipulador. E sei que ser verdadeiro é
assustador.
Escrevo com intenção desde tenra idade. E, para além do amor,
o que mais me faz refletir é a ausência e a solidão. Temas interligados, e que
tocam a sociedade de forma transversal, pois é por causa daqueles sentires, que
nós acreditamos ser ou não felizes.
Percebo porque alguns, nomeadamente os artistas, acabam experimentando
estados alterados de consciência, usando alucinogénios e abordagens
semelhantes. As pessoas procuram o que não encontram. Nunca fui tentado a
tanto, pois receio perder o controlo do meu eu. Mas sou igual na procura do que
queria ser, porque ainda não me convenci que já sou tudo o que devo expressar,
e que nada me falta.
Curiosamente, idealizo um amor que, verdadeiramente, nunca
encontrei, ou não fui capaz de sentir. O que é estranho para quem tão pouco
exige, e para quem consegue descortinar sempre o que é positivo em cada pessoa.
Contudo, muitas vezes não vemos o que está diante dos olhos, ou não podemos
ver, porque isso implicaria o fim do que se tem. Acordei de novo para descobrir
o que ainda quero ser, sem deixar de ser quem sou.
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