Perguntas-me se imaginei a nossa vida? Muitas vezes.
E não havia nada para além de nós. A dedicação a que nos entregávamos
era suficiente para que sentíssemos que tudo o que já sofremos tinha valido a
pena.
Mas era só amor? Não, era mais do que isso.
Ultrapassámos o amor normal, pois este só nos daria prazer
físico e psicológico. Nós queríamos a comunhão das almas, sermos parte do mesmo
cantinho de Deus.
Exagero, não? Só para quem não sabe o que isso é.
É um amor que se faz quando se está e não se está, que
permite que pensemos juntos quando estamos separados, que é feito de partilha e
individualidade.
Ainda assim, estás no mundo dos sonhos. Sim, no mundo em que
é possível tornar os sonhos realidade.
Quando nos entreolhamos, sabemos que toda a nossa energia
está disponível para o outro, e que basta que as nossas mãos se toquem para que
tudo se transforme à nossa volta.
E quanto tempo poderia durar um amor assim? Não dura, porque
é eterno.
Sempre existiu, existe e existirá. Mas precisa que nós nos
encontremos na imensidão do universo. E, cada vez mais perto, sintamos a
atração da nossa singularidade.
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