25 janeiro 2015

Histórias do Anoitecer XII



Quando olho para a varanda ali, e outra acolá, recordando o que vivi atrás daqueles vidros… Histórias de amor e dor, em que tudo existia e nada se eternizou. Vejo novas janelas, almas carentes, amores que não vivo e não sei. Será a última vez que luto? A incompreensão humana é tão grande! Daí as guerras e desamores. As pessoas buscam a felicidade, mas não sabem como ser felizes. E substituem por riquezas, por alienações de todo o tipo, por religiões e outras atividades físicas e mentais, e não chegam lá. Eu também vou aprendendo. E, porventura, estou a começar a ser feliz, porque a felicidade está dentro de nós, na forma como vemos o mundo e o compreendemos. Não devemos condenar ninguém. O que não quer dizer que não haja condenações da justiça dos homens. A questão aqui prende-se com o viver em sociedade. Se o medo impera, então o amor apaga-se. Valha-nos a força que o amor tem, e que acabará sempre prevalecendo. Não devemos deixar que a nossa felicidade dependa de um salvador, porque isso hipoteca todo o caminho a uma aleatoriedade que pode não estar programada. A vontade de ser feliz, demonstrada nas ações, será suficiente para que tudo aconteça. Tudo está bem, porque assim acontece. Se queremos diferente, então urge pensar e sentir diferente. Este não é o segredo nem a verdade, mas tão só o que é.

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