Esperava ver-te como um por-do-sol laranja, agigantado no
horizonte, marulhando no meu colo. Mas a tua cara fechada, os teus pensamentos
infelizes, e todo o sofrimento que não tens razão de carregar, torna o verão
apagado, numa incerteza sem fim.
Passeei praia fora até à curva do regresso. A entropia contextualizava-se
nos pensamentos sem nada. Precisava da tua mão na minha, mas os meus dedos
estavam sós.
O desassossego não me tira o sono, pois a minha consciência
continua a tomar conta de tudo. Já foi tempo da paixão, como sempre também
sinónimo de dor. Imagino-te, mas não te tenho. E, embora nada me falte, ainda
sonho um caminho novo.
Extravasei as sextilhas de outrora, para me dependurar em
outros mundos, em outras ansiedades do destino. Queria partir, mas estou sempre
chegando. Até um dia…
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