10 julho 2017

Histórias do Anoitecer XLIV

Nota: a numeração está certa. Há histórias que só verão a luz um dia...




Não, não sei onde vai dar este caminho que resolvi trilhar. Uma coisa sei, há flores nos meus pensamentos, que brotam viçosas de uma imaginação à solta, que sonha sobre o que poderia ou não acontecer. Sou argumentista, realizador e montador de um filme que se repete, sempre cheio de peripécias complicadas, enredos insuspeitados, e finais (in)felizes.
O herói não tem superpoderes, sendo uma alma vulgar que teima em voltar aqui, mas que deseja partir em direção ao pôr-do-sol, montado numa águia, senhora de exércitos formidáveis, que marcham sem parar.
A donzela é de porcelana fina, mas com uma dureza adquirida nas caravanas do deserto e nas rotas da seda, ligando dois mundos diferentes, atrás de um véu, que incandescia os nossos olhos.
O encontro de Marte e Vénus está marcado nas estrelas. A Lua espreita, tentando que alguma luz possa trespassar a noite, deixando perceber a aproximação inevitável. Os raios de Júpiter cruzam os céus, e chega Mercúrio com a boa nova: juntem-se os anéis de Saturno, que vai haver um enlace na Terra.
Inquietas, as estrelas, tremem de excitação. E começam a ribombar os tambores…

2 comentários:

Anónimo disse...

Um texto que faz sonhar...
Muito Bem escrito!

Daniel Aladiah disse...

Obrigado.