Ao longe, um gin, um cigarro, e a certeza de que tudo está
controlado.
Aqui, um labirinto de emoções, cansaço, desmotivação.
Mas quando se aproximam, os sonhos aquecem as almas, e todo
um passado se desmorona em análises frias, despertando gestos que preencheram
anos em que a cegueira era o estado natural. Porque não viam? Não! Porque não
agiam.
Fora tanto o medo, que o amor se transformou numa sensação
estranha, receada, racionalizada, e por ora blindada atrás de um novo ser, que
luta por ser ainda humano.
E é quando abrimos o coração, olhamos nos olhos e dizemos
toda a verdade, que nos justifica e condena simultaneamente. Choram orações,
pedidos intensos para que a magia do outro seja o sorriso que falta, a mão que
segura, o verbo que estimula, a situação que se partilha, e o beijo que se
eterniza, consagrando o que é mundano, e gravando na pedra a história do tal
amor que não existe, mas que explica a razão de viver.
Tu és a minha verdade. O que serei eu?
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