Numa repetição constante, que não sei se me empurra para o
passado, ou se exige que espere. Acontecem coisas extraordinárias quando
confrontamos a verdade. Logo se descobre um mundo de insatisfações, rancores e
vaidades, enfeitadas por desesperos solitários, que bem podiam ser diferentes,
caso os desejos fossem naturais. A fuga para a frente, sem querer saber
pormenores, é o sintoma de que muitas pessoas estão fechadas em si mesmas e,
talvez por isso, o mundo se fecha para elas.
Serei imune a este sentido do caminho? Talvez não,
também sou humano, com defeitos para evitar, e muito para aprender. No entanto,
também tenho o corpo angelical. No limiar da descrença absoluta. Acima e abaixo
das nuvens, sem ser visto por ninguém, chorando no meio da chuva. Próximo de
cometer loucuras inimaginadas, só para sentir a humanidade no amor da carne. Tudo
será decidido, não sei quando, mas estarei presente para assumir a vida que
merecer.
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