24 julho 2017

Histórias do Anoitecer XLVIII


Numa repetição constante, que não sei se me empurra para o passado, ou se exige que espere. Acontecem coisas extraordinárias quando confrontamos a verdade. Logo se descobre um mundo de insatisfações, rancores e vaidades, enfeitadas por desesperos solitários, que bem podiam ser diferentes, caso os desejos fossem naturais. A fuga para a frente, sem querer saber pormenores, é o sintoma de que muitas pessoas estão fechadas em si mesmas e, talvez por isso, o mundo se fecha para elas.
Serei imune a este sentido do caminho? Talvez não, também sou humano, com defeitos para evitar, e muito para aprender. No entanto, também tenho o corpo angelical. No limiar da descrença absoluta. Acima e abaixo das nuvens, sem ser visto por ninguém, chorando no meio da chuva. Próximo de cometer loucuras inimaginadas, só para sentir a humanidade no amor da carne. Tudo será decidido, não sei quando, mas estarei presente para assumir a vida que merecer.

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